27 de junho de 2013

3ª Chance...


Ola, esse livro é da minha melhor amiga, e só pra vocês saberem é baseado em fatos reais (risos). Esse é mais um dos livros dela, e o que eu mais gostei ate agora, então decidi posta-lo aqui para compartilhar com vocês. Só para vocês saberem ela se refere a mim como "Isabel", como todos os livros baseados em fatos reais os autores mudam os nomes, mais não ligo que saibam que sou eu :) 

 Quem quiser conhece-la melhor, aqui esta o Facebook da minha irmã:


O nome dela é Nicole Grasielly.

E o meu Facebook, caso quiserem me conhecer:


 Espero que gostem, eu adorei!!

Boa Leitura,

Beijos, Bella.




_O numero de substâncias compostas existentes na natureza é muito...

Parei de ouvi-la nas primeiras palavras que a Senhorita Luciana estava dizendo. Aula de ciências não era meu “forte”, nem de história... nem de geografia.. Aquela aula estava tão chata e tediante. Me sentei de lado, e escaneei a sala, quando sem perceber, meu olhar caiu de canto em direção a sala de frente a minha. Um rosto liso, meio moreno, um boné cinza, olhos verdes encarando a professora, alto, de repente me chamou a atenção. E foi aí, que tudo começou...

Comecei a encará-lo e prestar atenção nos detalhes, detalhes no qual, qualquer outra garota não prestaria, como: a cor da cueca dele. Que no caso, era vermelha. Dava pra ver quando ele se levantava, a bermuda caia um pouco... Mais o que não me deixava prestar atenção no restante dos detalhes eram aqueles olhos verdes, era um olhar diferente, um olhar especial, um olhar no qual achei que não veria novamente, o que infelizmente, foi um engano.


Três dias se passaram nessa mesma situação. Até que um dia, na aula de educação física, (Ta bom, não era beeem uma aula de educação física, era mais um tempo livre pra minha turma nomeado como “aula de educação física”) estávamos escutando uma música com um ritmo acelerado, bem diferente do que eu estava acostumada. De repente ele passou por mim e por minha amiga Laura, que automaticamente soube da minha queda por ele (Antes que vocês pensem, ela não me conhecia tanto assim, a ponto de saber até o que eu estava pensando, mais quando eu me apaixono, simplesmente saltam dois corações vermelhos dos meus olhos e começa a encará-lo de uma maneira que se torna quase impossível não saber quando estou apaixonada). Então ele me olhou, e eu olhei para ele e aconteceu aquela cena um pouco “afeminadamente ridículo” onde dois olhares se encontram, e começamos a nos abraçar e girar no ar de mãos dadas...tudo isso no meu pensamento é claro. O que aconteceu na verdade foi que ele olhou para Laura e eu e dançou a musica que estávamos escutando por exatamente 4 segundos. É, eu contei. Ele saiu e eu virei para Laura ofegante e disse:

 _Cara, ele é ridículo.

 _Ridículo eu sei que ele é né amiga, mais você com certeza não acha isso.  _olhando para mim com um olhar desconfiado.

  _Como assim?_eu sabia exatamente do que ela estava falando.

  _Naty, ta na cara! Você esta apaixonada amiga!_Disse Laura afirmando acompanhada de uma boa gargalhada.
 
_E-eu? Apaixonada? Por ele? Ah, fala sério. Eu nem o conheço.

  _Pode até não conhecer Natasha, mais seu olhar entrega.

 _Lógico que não. Nem o nome dele eu sei.

  _Deixa que eu pergunto pra você._E saiu correndo para alcançá-lo, quando alcançou, eu me virei com vergonha, me escondendo atrás de uma coluna próxima a quadra, achando que ela tinha dito que eu havia perguntado o nome dele, o que provavelmente ela fez, pois não aguentei e olhei de canto de olho e ele estava SORRINDO PARA MIM. Então ela deu um grito do lado dele dizendo:

 _Ei Natasha! O nome do seu amor é Leon!

Naquele momento desejei com todas as minhas forças ser uma avestruz.


Era sexta feira. Ultimo dia de aula naquela semana, ele havia faltado três dias, e ido dois. O motivo de tanta falta? SUSPENÇÃO E MATAÇÃO DE AULA. Surpreendeu-me ele ter ido sexta... Fiquei encarando-o como fiz toda a semana, e ele já havia percebido, então estava ficando um pouco constrangido eu acho. Mais com um gesto grosseiro com a cabeça tipo “O que você quer menina?” Quase me magoou, mas pensei positivo, e aceitei o fato de que ele já tinha reparado em mim. Quando sai para ir beber água, (Passear no pátio da escola) me deparei com ele (E eu nem imaginava) e superando todas as minhas expectativas, ele falou comigo, e ainda perguntou se eu estava namorando! Eu respondi que não por impulso, mas em seguida disse que estava enrolada... “sabe como é né, queria bancar a difícil... Ele assentiu, e se virou para ir embora, apreciando aquela cena, e tentando interrompê-la de qualquer maneira, o chamei, fazendo com que ele voltasse para perto de mim e me encarasse, eu retribui a ‘’encarada’’ bem próxima do rosto dele, mais um pouco, eu conseguiria sentir a respiração dele, meu coração estava quase rasgando o peito, e saindo correndo, de tão forte que estava batendo, então finalmente disse:

  _Seus olhos são bonitos._Confesso que não foi a coisa mais sábia a se dizer em um momento como aquele, principalmente porque tinha acabado de dizer que estava enrolada, enfim, ele disse:
 
_Hum, Obrigada! Está enrolada, mas fica me encarando e me elogiando né?! Bonito.

 _Tecnicamente, elogiei seus olhos.

Ele sorriu e foi embora. Essa conversa “longa” me deixou feliz o fim de semana  todo.





A escola era bem velha, aparentemente feia, toda pichada parecia um presídio. Era bem pequena, tinha uma quadra, com grades furadas, com as tabelas de basquete caindo aos pedaços, para correr naquela quadra, tinha que ir desviando, pois você poderia tropeçar a qualquer momento, cair e quebrar um dente. Tinha umas 19 salas, todas em um único corredor, um corredor estreito e sombrio. Digo sombrio, porque algum infeliz quebrou as lâmpadas, então, não tinha luz ao não ser, a luz do dia. Tinha uma biblioteca, em frente à quadra, uma biblioteca bem velha, com livros velhos, livros de poesias e de usar para fazer trabalhos de ciências, não havia um que se salvava lá. Já até tentei procurar, fui infeliz em minha procura. E tinha o pátio, com três mesas para comer a merenda, e um palco, onde não usava nunca, pois se tentasse ligar uma caixa de som, ou algo do gênero, dava curto circuito na escola toda. Estavam pintando as paredes, o que era uma BENÇÃO, pois perdíamos aula quase todo dia, pois além de ser tinta a óleo (o que era muito fácil para perdemos a concentração na aula e ficar descascando a tinta da parede e as outras camadas de tintas que tinham por baixo daquela) tinha um cheiro muito forte aquela tinta, e pra perdermos aulas, todo teatro é pouco. 

Fora esses pequenos detalhes, a escola era legal, tinha ‘’tias’’ da merenda legais, que dava para ‘’trocar uma idéia’’ legal quando ia beber água. Tinha meninas legais, que brincavam e dançavam bastante, era muito legal quando nós nos juntávamos na escola, e saiamos dançando,e gravando um vídeo, que nunca ia para lugar nenhum, mais nos divertíamos a beça.  Eu era conhecida como a “louquinha” entre as meninas, sempre de um jeito muito espontânea gostava de contagiar as pessoas com a minha alegria, estava sempre sorridente, e sempre cantarolando, meu olhar entregava quando eu estava mal, porém isso não era desculpa para mim me fechar, e me excluir de todos e ficar chorando. Pelo contrário! Era ai, que eu me acabava em me divertir para esquecer os problemas. Era muito raro me ver deprimida, e era por isso que muitas meninas buscavam força em mim, porque eu sempre tinha uma “fonte de energia, e alegria”.


Segunda-feira enfim chegou! Estava um pouco cansada, de fato ministrar historinhas bíblicas para as crianças da minha igreja não era assim, tão fácil.
  Quando estava indo para a escola encontrei minha amiga Laura, ela me chamou desesperadamente e disse:
 
_Amiga! Estava conversando com seu amiguinho Leon!

 _Ah! E daí?
 
_Ele me disse que te achou muito linda. Mais o resto ele pediu segredo. Então eu não posso contar.

 _Conta! Conta! Por favor, conta!

 _Não posso. _ ela disse em um tom provocante. Já com a intenção de contar, mais queria fazer “charme”.
 
_Pode sim! Vai! Conta!
 
_Ele me disse, que está afim de você. E que você tem um olhar muito lindo. Quase tão lindo quanto o dele, palavras dele.

 _Sério?

  _Serio! Ount, vocês serão felizes para sempre!

 _Cala a boca Laura. _disse eu, em seguida de uma gargalhada.


Chegando na escola me deparei com minha melhor amiga Isabel, ela estava com seus lindos cabelos invejáveis vermelhos soltos, e com uma blusa roxa, e uma maquiagem preta escondendo-se atrás de seus óculos, ela estava com seu Alls star de couro, e uma calça jeans. Ela sempre gostava de ser a melhor naquilo que fazia. Então as coisas dela eram sempre as melhores, se não fosse a melhor, ela preferia nem ter. Ela dava conselhos como minha mãe, mais de um jeito que eu entedia, e aceitava, ela me repreendia e pegava no meu pé, e vice-versa mas eu não conseguia viver sem ela, e nem ela sem mim. Apesar de sermos aparentemente super diferentes em relação a personalidade. (Ela era séria, e eu extrovertida, ela era calma e eu apressada, e assim por diante) Mas nós fazíamos um belo par de amizade.
    
Contei a ela tudo o que havia acontecido, e que eu já estava sentindo, a resposta dela sobre esta situação baseou-se em três palavras: “Afe, menino idiota!” Confesso que não fiquei nenhum pouco surpresa com essa reação dela, porque ela achava que só pelo fato de alguém usar um Ray Ban “juliete” a pessoa já era automaticamente um idiota para Isabel. Apesar de ela não gostar dele, se interessou em saber mais sobre o que eu já estava sentindo.
   
Fiquei esperando ele no portão da escola, mas deu o horário da primeira aula e nada de ele aparecer. Fiquei meio preocupada e fui procurá-lo na sala dele disfarçadamente, disse para a professora que estava dando aula para a sala dele, se ela por um acaso, tinha um lápis para me emprestar. Foi uma desculpa NADA inteligente, porém, enquanto ela procurava um lápis na bolsa dela, escaneei a sala dele, e vi que ele realmente não estava lá. Enfim, ela se dirigiu até mim, e me deu um lápis grafite preto, agradeci, e fui para minha sala.
    
Na sala só haviam ido 30 pessoas, em uma sala de 40. Sendo assim, eu tinha mais lugares onde sentar para escolher. Sentei perto da porta, na frente de Rogério, e como não estava a fim de fazer absolutamente nada na aula da “pinguim” (Professora Sueli), ela era uma péssima professora, com ela, eu só aprendi que o Brasil tem a forma de um triangulo de cabeça para baixo, o que era bem desnecessário. Rogério a mais trinta e oito alunos da minha classe pensávamos daquela forma. Então, o que tinha de melhor a fazer era: conversar com Rogério.

  _E ai?_disse eu com a intenção de puxar assunto.
 
_E ai Naty, tudo certo?

 _Opa! Você conhece o Leon?

  _Que Leon?
 
_Leon Albuquerque.

 _Ah, “pode crer” da sala da frente?

 _Sim, ele mesmo.

 _Conheço sim.
 
_Ele falta muito né...

 _É, ele mata muita aula, e leva muita suspensão.

  (risos)

_Sério?
 
_Sério! O pai dele fica louco com ele.
 
_Porque?

 _Ah, a família dele é muito rígida, e eu acho que ele faz isso de raiva.

 _Ah, entendi. Mas o que ele faz quando mata aula?

 _Fica pra rua.

 _Fazendo o que?
 
_Nada. (risos) é bobeira. Já matei aula com ele uma vez, é muito chato. Tem nada pra fazer. Sabe?! Só pra não ter que vir para a escola. Vê se pode? Ele faz isso direto.

 _Nossa! Que bobeira. _ eu disse sorrindo, mas escondendo o que realmente estava sentindo por dento. Eu estava muito preocupada! Ele poderia estar em qualquer lugar, com qualquer pessoa, fazendo qualquer coisa. E isso era um problema. Passou centenas de coisas pela minha cabeça. Entre elas “porque ele não queria estar aqui? Porque ele não queria me ver? Se ele tem uma ‘queda’ por mim, era de se esperar, que ele quisesse ao menos me ver”.

        Terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, e nada de ele aparecer. Bom, seria melhor eu esquecê-lo, afinal nunca tive uma conversa com ele por mais de dez minutos com ele. E cá entre nos: um menino que mata aula frequentemente e leva muita suspensão não é o tipo de rapaz, que toda garota procura.
       
Sexta-feira novamente, e para minha surpresa: ELE FOI. E lembra aquela história de esquecê-lo e bla bla bla ? Então, foi tudo por água a baixo quando o vi. Não posso negar, que aqueles olhos, me encantavam, eram verdes como uma plantação de orquídeas, aqueles olhos sempre tiravam minha atenção. Eu começava a viajar em outro planeta quando via aqueles olhos e o sorriso de Leon, eram duas coisas maravilhosas nas quais eu me derretia.
         
Fui beber água na segunda aula, e ele estava lá, mais não estava bebendo água, estava na diretoria, eu vi ele de longe, me aproximei e falei com ele, com um tom superior:

  _Mas de novo?
 
_Não venho muito para a diretoria não “filha”

  _Não. Com certeza. Porque você mais mata aula, do que vem para o colégio.
 
_Hum. Então você anda reparando em mim?

     Fiquei totalmente sem chão, olhei para a direita, e para a esquerda de cabeça baixa, encarei ele novamente como uma despedida, e me retirei dali, indo beber água, o verdadeiro motivo pelo qual eu tinha saído para o pátio.

    Mandei convite de amizade para ele, em uma rede social muito conhecida da época a tal chamada “Facebook”. Essa rede social funcionava da seguinte maneira: Você tinha seu perfil. Onde colocava suas fotos, coisas que você pensava, eventos que você participaria, entre outros. E tinha o Chat, era um bate-papo bem legal, onde você podia conversar com todas as pessoas da sua lista de amigos, os que obviamente estavam disponíveis para conversar. Bom, era bem legal, até que um BANDO DE CRIANÇADA QUE VEIO DIRETAMENTE DOS QUINTOS DOS INFERNOS começaram a usá-lo como uma forma de postar coisas imbecis, idiotas, infantis e totalmente desnecessárias. Estragando de vez com aquela rede social. Mas enfim: mandei o convite de amizade para ele, assim ele poderia ver minhas fotos, e eu poderia conversar com ele. A primeira vez que ele entrou, foi estranho. Pois ele escrevia muito errado. Tinha a gramática péssima, e a pontuação pior ainda.

-Ooie’ tudo bem ? (Leon Albuquerque 9:23)

-Oi. Tudo sim, e você? (Natasha Amanda 9:25)

-Voocê é muitu linda! :P (Leon Albuquerque 9:25)

-Obrigada! =) (Natasha Amanda 9:25)

-Pena q você ta inrolada né... (Leon Albuquerque 9:27)

-Eu estou Enrolada. Rs (Natasha Amanda 9:27)

-É, que pena! (Leon Albuquerque 9:28)

-Mas que diferença isso faria pra você? (Natasha Amanda 9:29)

-Ah, eu ia fikar coom você né (Leon Albuquerque 9:30)

-Mas quem garante que eu ia ficar com você?(Natasha Amanda 9:32)

-Nooossa! Trocou a ferradura hoje foi?( Leon Albuquerque 9:35)

-Não. Kkkkk (Natasha Amanda 9:35)

-Oloco hein... (Leon Albuquerque 9:40)

-Rs (Natasha Amanda 9:40)

-Porque você fica me encarando no colégio?( Leon Albuquerque 9:45)

-Não fico te encarando não. (Natasha Amanda 9:46)

-Fica sim. Você acha que eu não percebo?

-kkkkkk, ah.. (Natasha Amanda 9:47)

-Mas então, porque você fika mi incarando? (Leon Albuquerque 9:50)

-Porque você escreve tudo errado? (Natasha Amanda 9:52)

-Sei lá (Leon Albuquerque 9:53)

-Então! Algumas perguntas não têm resposta.. (Natasha Amanda 9:53)

-Mano, se você num fosse tão linda, eu já tinha desistido de falar com você (Leon Albuquerque 9:54)

-kkkkkkkkkkkkkkkkkk nem sou linda. (Natasha Amanda 9:55)

-É sim. Eu acho. (Leon Albuquerque 9:56)

-Ah, então você só fala com as pessoas porque são bonitas? (Natasha Amanda 9:56)

-Não. Eu tenho uma queda por você. Então, eu ainda não desisti por causa disso. Porque você é bem cavala viu.. (Leon Albuquerque 10h)

-Você só entra de manhã no Facbook?(Natasha Amanda 10:01)

-É... (Leon Albuquerque 10:02)

-Porque? (Natasha Amanda 10:03)

-Pq o meu ermão entrá di tardi, ii meu pai di noite (Leon Albuquerque 10:03)

-Ah! Entendi. (Natasha Amanda 10:05)

-Você entra em kual horário? (Leon Albuquerque 10:05)

-Eu entro o dia todo, menos quando estou na escola... Ai, eu entro pelo celular as vezes... (Natasha Amanda 10:06)

-Humm, viciadinha então?

-Um pouco... rs (Natasha Amanda 10:06)

-Saindo aqui ;// tchau, beijos *-* (Leon Albuquerque 10:07)

-Ok, tchau.(Natasha Amanda 10:08)

-Beijos. (Leon Albuquerque 10:09)

   Nossa conversa se encerrou por aí. Não falei mais com ele esse dia, mas só em saber que ele me “curtia”, mexeu comigo... Mas, cá entre nós, esses meninos fazem de TUDO para conquistar uma menina, e isso sempre me deixa em dúvida, se o menino está falando a verdade ou não.
  
Finalmente chegou o horário de ir para a escola, estava na expectativa que veria ele e conseguiria falar com ele pessoalmente hoje. Cheguei, fui com as minhas amigas, Isabel, Carolina, Laura, e contei a elas sobre minha conversa com ele. Isabel e Carolina escutaram atenciosamente, Laura começou a rir, e dizer que iríamos nos casar ainda. Isabel pareceu se interessar então me perguntou:
 
-Ele vai vir hoje para a escola?

 -Ainda não sei gata.

 -Se ele vir, você vai falar com ele?

 -Ah, eu quero... mas, e a vergonha?

  -Você? Com vergonha-a?

 -(risos) Sei que não está acostumada com isso, mas, com ele é diferente sabe... E se eu for falar com ele, e ele está conversando com outra menina?

 -Nada ver ué. Fala com ele.

 -Ah não! Vou ver se ele fala comigo...

  -Ta bom. (risos)

Entramos para a sala de aula, e nem um sinal de ver ele, procurei por ele no Pátio, e nada de achá-lo. Desisti de procurá-lo achando que provavelmente ele já tinha chegado, ou estava atrasado, então achei melhor esperar até o intervalo...

  -Tcharan tchan tchaaan....

  -Que foi Isabel?
 
-Esta chegando a horaa!!
 
-Verdade! Não vejo a hora de sair para o intervalo e comer a merenda –E fiz uma cara de quem estava com muita fome.

 -Não é disso que estou falando. Bem, estou falando sim do intervalo, mas não em relação à comida. Ah! Porque estou explicando? Você entendeu! -Disse ela se mordendo de rir.

 -Eu sei. Mas acho que ele nem veio hoje.
 
-Laura disse que quando saiu lá fora, para beber água, viu ele na diretoria.
 
-Novidade ele na diretoria né...
 
-(risos) então né...

Sinal da escola toca, e todos saem como cavalos ao ouvirem um tiro. Guardei minhas coisas e esperei Isabel. A menina demorava uns 5 minutos para arrumar suas coisas e sair da sala. Perdíamos o intervalo quase inteiro esperando Isabel. Tentei disfarçar a ansiedade que estava de vê-lo, mas não consegui. Isabel, Carol, e Laura perceberam que minhas tripas estavam quase saindo pelos olhos. Então, elas se apressaram, e se dirigiram, onde ele estava. E quando chegamos lá, ele estava com um amigo dele, e rodeado de meninas. Eu meio que queria virar uma avestruz, e ter onde enfiar a cabeça. Graças a Deus, Isabel percebeu meu desespero e vergonha, disfarçou dizendo “onde está meu brilho? Acho que ele caiu aqui” olhando para o chão, e foi embora.

  -Obrigada por sair de lá Isabel.

 -(risos) percebi que você não estava muito a fim de ficar rodeando ele como as outras meninas que estavam lá.

 -Ah, nem comenta.
 
-Fica mal não amiga. São só amigas dele.

 -Amigas que ele já deve ter ficado.



 

    

Um comentário: